A realidade de ressocialização no sistema prisional do Espírito Santo, na visão do gestor.
Ressocializar as pessoas em privação de liberdade é uma atitude simples, mas que exige estratégia e envolvimento de todos. O sistema prisional capixaba é formado, cada vez mais, por jovens com baixa escolaridade e com pouca, ou nenhuma, qualificação profissional
Ressocializar as pessoas em privação de liberdade é uma atitude simples, mas que exige estratégia e envolvimento de todos. O sistema prisional capixaba é formado, cada vez mais, por jovens com baixa escolaridade e com pouca, ou nenhuma, qualificação profissional
Entretanto,
o dado mais agravante é que em poucos anos muitos desses cidadãos que cometeram
algum tipo de crime voltarão ao convívio social e enfrentarão o estigma de ser
um ex-presidiário. Essa marca vai privá-los de muitas coisas, e encontrar um
trabalho é apenas uma delas. Sem perspectiva, a volta ao mundo do crime é
inevitável.
A
criminalidade e a violência são fenômenos sociais desafiadores no mundo todo.
Em função da sua complexidade, a reinserção social e produtiva das pessoas que
cumprem pena e que estão em situação de vulnerabilidade é uma alternativa
eficiente. Isso é uma forma de evitar seu agravamento e a reincidência
criminal.
O Estado
tem visto que os programas de reinserção social com maior efetividade são
aqueles que investem na qualificação profissional e na recolocação do indivíduo
no mercado de trabalho. Porém, somente com a união de esforços de vários órgãos
governamentais e dos setores sociais e produtivos alcançaremos esse propósito.
A legislação brasileira estimula parcerias garantindo ao empregador vantagens
econômicas e sociais. Poucos sabem que, sobre o trabalho do preso, não incide
nenhum encargo trabalhista, sendo regido unicamente por meio de convênio.
A farta
mão de obra dos presídios é uma alternativa à escassez do mercado. Além disso,
o empresário pode utilizar os espaços das unidades prisionais sem pagar as
tarifas de água, energia elétrica e aluguel, por exemplo. A possibilidade
de absorção dessa mão de obra pode acontecer também fora das unidades
prisionais, e em ambos os casos são ótimas oportunidades para exercer a
responsabilidade social.
No Espírito Santo, as empresas parceiras recebem
do governo do Estado um selo social como reconhecimento público ao seu trabalho
inclusivo. Atualmente mais de 200 empresas, de forma vanguardista, atuam no
mercado empregando presos e egressos. São contabilizadas mais de 1.700 pessoas
aprendendo uma profissão e resignificando suas vidas por meio de atividade digna
e produtiva. Assim, por meio da educação, da profissionalização e do trabalho
construímos o Estado que queremos a partir da contribuição de cada um.
Fonte:
http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2012/03/noticias/a_gazeta/opiniao/1169192-de-volta-a-sociedade.html#.T3T7ckTIHd0.facebook. Acesso em 28-03-2012
Postagem sugerida por Carolina Iris Cardoso Rocha Passos
http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2012/03/noticias/a_gazeta/opiniao/1169192-de-volta-a-sociedade.html#.T3T7ckTIHd0.facebook. Acesso em 28-03-2012
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