Dentre
os fatores que afastam os jovens da escola precocemente, a gravidez na
adolescência, ou na pós adolescência, tem especial comprometimento para as
mulheres, trazendo para estas um encargo social pesado e especialmente cruel no
que tange as oportunidades que lhes restará.
Ao
se deparar com a maternidade precocemente, as meninas, via de regra pobres, são
obrigadas a abandonar seus projetos de vida e se adaptar a nova situação que,
por força da necessidade, lhe impõe a saída do ciclo de educação que lhe
garantiria melhores oportunidades. Com pouca formação e tendo sob sua
responsabilidade – não são raros os casos onde essa responsabilidade é
exclusiva – um filho, esta jovem inicia o novo ciclo, amplificado de problemas
sociais, dado as novas necessidades. Agora ela precisa de uma creche, de
acompanhamento materno infantil, de sustento e do tempo que lhe resta para
dispor à criança.
Fecha-se
então um ciclo de pobreza que, com sorte, só será amenizado na geração
seguinte, caso essa jovem consiga reestruturar a vida de seu filho e não
permitir que se repita o ciclo do qual ela foi vítima.
Além
do custo pessoal, resta para o estado/município o encargo social que antes
seria de atender a uma jovem com educação e saúde de formas básicas, no
entanto, com essa mudança de contexto, surge uma gama de novas necessidades a
serem satisfeitas e mais atendimento a ser prestado.
Diante desse cenário,
há que se antecipar ao prejuízo social que se apresenta focando ações em
educação preventiva e motivadora para jovens nos primeiros anos de sua vida
sexual (quer esta seja ativa ou não), dedicando profissionais das áreas de
saúde em programa de conscientização motivadora e alerta esclarecedor,
apontando para esse público alvo as perdas e conseqüências da falta de
prevenção e de planejamento familiar.
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